Um novo espectro de violência começou a se espalhar como uma mancha vermelha por nossa sociedade, alimentado por movimentos de direita radical que inflamaram o racismo, a intolerância religiosa e de gênero, a violência contra as mulheres, e a defesa implacável da liberação de armas. O Rio de Janeiro, cidade vibrante e plural, viu essa cor escura tomar conta de seus espaços, revelando medos e insegurança em um mundo cada vez mais polarizado e dominado por poderes paralelos.
Essa onda vermelha é disseminada na sociedade, que vê o outro como uma ameaça diante da polarização política e social. Revela o comportamento de cada um e torna-se, com toda a sua complexidade, palco para uma batalha, onde a exclusão e o ódio ganharam terreno em nossos corações e mentes.
O vermelho invadiu nossas ruas, não apenas com sangue, mas também com palavras, símbolos e olhares que ferem tanto quanto qualquer arma. Nas redes sociais e nos encontros cotidianos, esse comportamento passou a representar a desumanização, legitimando posturas agressivas que antes seriam impensáveis.
E assim, cada um de nós, armado de vermelho, perpetua o ciclo da violência nas nuances de um futuro incerto. O Rio de Janeiro, com sua alma resiliente, é o cenário dessa mostra fotográfica, onde o vermelho representa a história da violência que se infiltrou em nossas vidas, esperando que, ao encarar essa realidade, possamos, juntos, começar a desenhar um novo caminho. Quem sabe, outras cores podem, um dia, trazer de volta a paz e a justiça.
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A new spectrum of violence has begun to spread like a red stain across our society, fueled by radical right-wing movements that have ignited racism, religious and gender intolerance, violence against women, and the relentless defense of gun legalization. Rio de Janeiro, a vibrant and plural city, has seen this dark color take over its spaces, exposing fears and insecurity in an increasingly polarized world dominated by parallel powers.
This red wave spreads through society, where people see one another as threats in the face of political and social polarization. It reveals individual behavior and, with all its complexity, becomes the stage for a battle where exclusion and hatred have taken root in our hearts and minds.
Red has invaded our streets, not just with blood, but also with words, symbols, and glances that wound as much as any weapon. On social media and in everyday encounters, this behavior has come to represent dehumanization, legitimizing aggressive attitudes that were once unthinkable.
And so, each of us, armed with red, perpetuates the cycle of violence in the shades of an uncertain future. Rio de Janeiro, with its resilient soul, is the backdrop of this photographic exhibit, where red represents the history of violence that has infiltrated our lives. By confronting this reality, perhaps we can begin to carve out a new path together. Who knows, maybe one day, other colors will bring back peace and justice.